Cartão Vermelho ao Trabalho Infantil
Nada melhor do que um ano de copa do mundo, onde tudo gira em torno do esporte mais popular do planeta, o futebol, para falar de um assunto grave e que ainda é tabu, dotado de preconceitos e mitos, para colocar em campo o tema: trabalho infantil.
O futebol é hoje paixão nacional que encanta meninos e meninas com o sonho de fazer carreira. Sonho esse que fomenta o imaginário de milhões de crianças, sobretudo as pobres, que veem neste esporte uma possibilidade de ganhar além do poderoso dindin, prestigio e, enfim, cidadania.
Um, em alguns milhões conseguem atingir essa meta. Contudo, a duras penas. Porém é um sonho que é esmagado pela realidade. A pobreza vai desenhando outro quadro. Muito precocemente estas crianças se dão conta que estão obrigadas a ir ao mercado de trabalho para ganhar o pão de cada dia, sobrevivendo frente à brutalidade do mundo capitalista, se submetendo inclusive nas piores formas: carvoaria, prostituição, tráfico, trabalho doméstico, dentre outras.
Pensando nisso que o Fórum Nacional e Paulista de Prevenção e Erradicação do trabalho infantil resolveu interagir com essa realidade, dialogando cada vez mais com a sociedade na busca por superar mentalidades arraigadas em crenças perpetuadas pelo interesse da classe dominante de que para ao pobre, a melhor saída é o trabalho.Tal defesa é impensável quando se trata de seus filhos, cuja vida é bem diferente. O capital compra tudo. O tempo lhes pertence, a essas crianças é garantida da infância: tempo de brincar, estudar e se formar como pessoa, o que deveria ser uma garantia a todas as crianças, pelo simples fato de a ser. O mundo adulto capitalista rouba a infância, subverte a ordem: torna a criança responsável pelo adulto, às vezes por uma família e o faz de forma extremamente lucrativa. Utiliza de seus aparatos ideológicos para manter essa situação. Temos como resultado, mais de 05 milhões de crianças nestas condições. Mais de 1,2 milhões nas piores formas, realidade essa que se espalha pelo Brasil afora.
Pensando nisso que o Fórum Nacional e Paulista de Prevenção e Erradicação do trabalho infantil resolveu interagir com essa realidade, dialogando cada vez mais com a sociedade na busca por superar mentalidades arraigadas em crenças perpetuadas pelo interesse da classe dominante de que para ao pobre, a melhor saída é o trabalho.Tal defesa é impensável quando se trata de seus filhos, cuja vida é bem diferente. O capital compra tudo. O tempo lhes pertence, a essas crianças é garantida da infância: tempo de brincar, estudar e se formar como pessoa, o que deveria ser uma garantia a todas as crianças, pelo simples fato de a ser. O mundo adulto capitalista rouba a infância, subverte a ordem: torna a criança responsável pelo adulto, às vezes por uma família e o faz de forma extremamente lucrativa. Utiliza de seus aparatos ideológicos para manter essa situação. Temos como resultado, mais de 05 milhões de crianças nestas condições. Mais de 1,2 milhões nas piores formas, realidade essa que se espalha pelo Brasil afora.
A idéia do CARTAO VERMELHO, contando com o apoio de craques, juízes e jogadores famosos como Robinho nos ajuda a colocar o tema em debate nos campos de futebol.
Quiçá não nos conformemos com a miséria tanta, que faz com que não queiramos ver que, mesmo ao tropeçarmos nas ruas centrais das cidades e nos centros das periferias com elas, jogadas nas ruas como um lixo, por um fugaz instante, nos sentimos impotentes frente aquele ser totalmente indefeso pedindo socorro, que vive em situação de extrema vulnerabilidade, que denuncia ao olho nu o que a sociedade capitalista tenta ignorar e o poder público se omite. Drogadas, prostituídas, enlouquecidas e desumanizadas continuem pagando o preço de um mundo marcado por profundas desigualdades, embrutecidos e nós, seguimos em frente?
É preciso prosseguir na luta por um pais onde a maternidade seja dotada também de paternidade, homens e mulheres possam ter seus filhos e que o País possibilite sustentá-los, em todos os sentidos – protegê-los para que se tornem pessoas saudáveis dotados de plena cidadania.
Passada a copa é hora de votar, dar continuidade ao projeto desenvolvido implementado pelo governo Lula, que sem duvida nenhuma, tem feito mudanças significativas para a vida dos mais pobres. Basta dizer que em 1999, no Brasil havia no trabalho infantil mais de 11 milhões crianças e esse numero foi reduzido pela metade. E fato que a bolsa família e a bolsa PETI têm amenizado esse quadro de trabalho infantil, mas não o resolvem. Isso só é possível com mudanças estruturais, tais como: o fortalecimento do estado brasileiro, desenvolvimento com distribuição de renda, reforma agrária, reforma educacional, valorização do trabalho com sustentabilidade sócio ambiental e soberania nacional. Metas fundamentais para que possamos caminhar para o fim do trabalho infantil.
Passada a copa é hora de votar, dar continuidade ao projeto desenvolvido implementado pelo governo Lula, que sem duvida nenhuma, tem feito mudanças significativas para a vida dos mais pobres. Basta dizer que em 1999, no Brasil havia no trabalho infantil mais de 11 milhões crianças e esse numero foi reduzido pela metade. E fato que a bolsa família e a bolsa PETI têm amenizado esse quadro de trabalho infantil, mas não o resolvem. Isso só é possível com mudanças estruturais, tais como: o fortalecimento do estado brasileiro, desenvolvimento com distribuição de renda, reforma agrária, reforma educacional, valorização do trabalho com sustentabilidade sócio ambiental e soberania nacional. Metas fundamentais para que possamos caminhar para o fim do trabalho infantil.
Trabalhar somente em idade apropriada, conforme luta e conquista já feita em lei. Vamos dar continuidade a esse processo de mudanças, caminhar para outro tipo de sociedade, inverter valores e colocar o ser humano no centro de tudo e derrotar o sistema capitalista nefasto que nada tem a oferecer a humanidade. Essa é a luta!
Marcia Regina Viotto
Socióloga e Assessora CTB
Titular do segmento dos Trabalhadores – Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do trabalho Infantil pela CTB
artigo publicado originalmente no site: www.ctb.org.br
Por Ubetânia Monteiro